Transformações à Vista: O que Antecipar para 2026
Desafiado pela equipe do Economia SC, dediquei um tempo para refletir sobre as tendências que poderão definir a inovação e os negócios em 2026. Embora seja um desafio incerto e arriscado fazer previsões sobre o futuro, mergulhei nas últimas semanas em estudos, leituras e na criação de cenários que possam servir de guia para organizações, empresas e empreendedores.
Com isso, decidi lançar uma websérie intitulada “O que esperar de 2026? Tendências para a inovação e negócios”. Todas as semanas, trarei à tona tendências que são tanto gerais quanto específicas para diferentes segmentos de mercado.
Vamos juntos embarcar nessa jornada e explorar o que o futuro nos reserva?
Episódio 1: O Que Esperar de 2026?
O ano de 2025 foi um divisor de águas, onde o futuro se tornou palpável. Após décadas de promessas de transformação digital, em 2025 vimos a inteligência artificial se tornar onipresente, embora a confiança nesse novo cenário ainda estivesse em questão.
Esse ano foi marcado por avanços tecnológicos sem precedentes, mas também por retrocessos em áreas geopolíticas, climáticas e sociais. O conceito de glocalização se tornou evidente, mostrando que, enquanto a tecnologia evolui, o progresso é desigual.
Em um mundo onde algoritmos geram textos e criam obras de arte, ao mesmo tempo, enfrentamos crises climáticas, fragmentações econômicas e questionamentos sobre as democracias. Essa realidade continua em curso e tende a se intensificar nos próximos anos, revelando que, enquanto a tecnologia pode ser exponencial, a ética ainda opera em um nível artesanal.
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Fonte: curitibainforma.com.br
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A Globalização em Questionamento
O ano de 2025 também trouxe uma reinicialização na globalização. Conflitos prolongados e disputas comerciais reacenderam discussões sobre soberania em diversas áreas, incluindo a digital, a energética e a alimentar. O que antes era visto como “cadeia global de valor” agora é percebido como “cadeia de dependência”. Muitas empresas começaram a reduzir distâncias, internalizar produção e fortalecer parcerias regionais.
A competição por chips de última geração sinalizou uma nova guerra fria tecnológica, enquanto países em desenvolvimento enfrentam desafios como a fuga de talentos e uma infraestrutura desigual, resultando em um mundo que, embora mais digital, é também mais instável.
Inovação: Uma Necessidade Vital
Dentro desse contexto, a inovação deixou de ser apenas uma vantagem competitiva e passou a ser considerada uma questão de sobrevivência. Contudo, a discussão sobre inovação no ambiente corporativo muitas vezes se resume a modismos, sem um aprofundamento real.
O Planeta em Crise
Enquanto potências globais disputam dados e recursos naturais, a crise ambiental se agrava. Fenômenos como ondas de calor na Europa e na Ásia, incêndios na América do Norte e insegurança alimentar na África expuseram um ponto crítico: o tempo para agir está se esgotando.
As metas de neutralidade de carbono parecem distantes, e a ideia de “crescimento sustentável” soa vazia. No entanto, startups focadas em tecnologia verde e projetos regenerativos começaram a preencher o vazio deixado pelas grandes corporações, promovendo uma nova abordagem que prioriza a regeneração em vez da mera tecnologia.
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Fonte: feirinhadesantana.com.br
A Revolução da Inteligência Artificial
A inteligência artificial não só evoluiu, mas mudou o seu papel no mundo dos negócios. De simples ferramenta, ela se tornou uma coautora em decisões, políticas públicas e projetos. As empresas perceberam que a produtividade não adveio apenas da automação, mas da delegação cognitiva, resultando em um conceito que chamamos de Inteligência Aumentada.
O Desafio da Ética e da Responsabilidade
A revolução traz à tona novas questões: quem é responsável por decisões tomadas por uma IA? Como garantir imparcialidade e ética em sistemas autônomos? A busca por governança em inteligência artificial se tornou, assim, uma nova corrida do ouro.
O Retorno ao Humano
Em meio a essa transformação, surgem novas inquietações sobre o propósito nas empresas e nas instituições. O que se vê é um movimento de retorno ao essencial, onde a cultura, a empatia e o bem-estar começam a ser priorizados nas estratégias de negócios.
Perspectivas para o Futuro
Entrando em 2026, vislumbramos três forças que devem moldar a próxima era da inovação: a ascensão dos agentes autônomos, a inteligência regenerativa e a liderança empática. Crescer de forma consciente e sustentável será o verdadeiro objetivo, em oposição à mera velocidade.
Aprendizados para o Futuro
1. Adaptar-se rapidamente, mas de forma consciente, será um diferencial.
2. A resiliência se tornará uma estratégia fundamental para empresas e indivíduos.
3. A ética será um ativo competitivo crucial, com a confiança como moeda global.
4. O elemento humano continuará sendo o motor da inovação.
Assim, 2025 se despede com desafios e aprendizados que moldarão 2026, um ano que promete transformar a corrida pela inovação em uma busca por consciência e propósito, especialmente entre as startups que se destacam nesse novo cenário.